Secretaria de Agricultura de Maceió Esclarece Vínculo de Aldreis dos Santos Oliveira com Mercado da Produção
Nesta quarta-feira, a Secretaria de Agricultura, Pesca e Abastecimento de Maceió (Semapa) emitiu um comunicado oficial para esclarecer a situação de Aldreis dos Santos Oliveira, mais conhecido como “Moreninho”. Segundo a Secretaria, Moreninho nunca exerceu a função de administrador do Mercado da Produção, tampouco teve qualquer relação com a administração pública municipal.
Aldreis era irmão de um dos indivíduos mais notórios em Alagoas, conhecido como “Nem Catenga”, suposto líder do grupo criminoso Comando Vermelho (CV) na região. Recentemente, sua morte em um confronto com as forças de segurança, mais precisamente com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), na última semana, trouxe à tona a discussão sobre sua ligação com atividades ilícitas.
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Moreninho era acusado de diversos crimes, incluindo extorsão a comerciantes no Mercado da Produção, onde teria instaurado um clima de medo entre os trabalhadores. A Semapa fez questão de destacar que qualquer cobrança de taxas extras aos permissionários do mercado é considerada ilegal pela legislação vigente.
O histórico criminal de Aldreis é alarmante. Ele já havia sido preso anteriormente por posse ilegal de arma, corrupção ativa, associação ao tráfico de drogas e homicídio, incluindo uma acusação grave relativa ao assassinato da policial militar Iara Laura Silveira em 2008.
O episódio que culminou com a morte de Moreninho ocorreu durante uma ação de patrulhamento do Bope na zona sul de Maceió. A equipe de policiais avistou um veículo em alta velocidade que não parou ao ser sinalizado. Após uma perseguição, o condutor abandonou o automóvel e, ao exibir uma pistola de calibre .380, disparou contra os policiais, que reagiram ao ataque. Moreninho foi ferido, levado ao Hospital Geral do Estado para atendimento, mas não sobreviveu aos ferimentos.
Na abordagem do veículo, os policiais encontraram não só a arma, mas também munições, drogas (maconha e cocaína) e recibos que indicavam a prática de extorsões. O caso, que reforça a atuação das forças de segurança no combate ao crime organizado, serve como um alerta sobre o envolvimento de indivíduos conhecidos no submundo do crime em atividades que afetam a comunidade e a legalidade no comércio local.