Irã revela que ataque a Israel foi apenas uma amostra de sua capacidade bélica, afirma comandante do Corpo de Guardiões da Revolução.

Em um contexto de crescente tensão no Oriente Médio, o Irã demonstrou sua capacidade militar ao lançar cerca de 200 mísseis balísticos em direção a Israel no dia 1º de outubro de 2024. O ataque, que teve como alvos instituições militares, bases aéreas e até o quartel-general da Mossad, foi anunciado como parte da Operação Verdadeira Promessa-2, segundo o comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC), Hossein Salami. Ele afirmou que esta operação mostrou apenas uma “pequena parte” das capacidades ofensivas do Irã.

Salami aproveitou a oportunidade para criticar o Exército israelense, caracterizando-o como uma “força desgastada”, com seus membros descritos como “deprimidos” e a economia de Israel em “farrapos”. Ele também insinuou que os Estados Unidos estão por trás da gestão de ações em prol do que ele chamou de “Estado cliente”, referindo-se a Israel. Em uma análise dos resultados das recentes eleições presidenciais nos EUA, Salami argumentou que os eleitores mostraram uma resistência ao apoio a um governo americano que armaria a “máquina de matar de Israel”.

Durante seu discurso, Salami declarou que a resistência demonstrada por grupos na Gaza foi suficiente para desafiar a influência americana e reconhecer sua capacidade de provocar mudanças políticas significativas na região. Ele ainda pediu ao novo governo dos Estados Unidos que considere reduzir o apoio a Israel, alertando sobre os efeitos negativos que uma escalada no conflito poderia ter sobre os interesses e a reputação dos EUA no cenário internacional.

Com a situação na região continuando a evoluir, a retórica militarista e os ataques não parecem ter fim à vista, enquanto as potências envolvidas monitoram de perto as reações e as implicações de cada ação. A perspectiva de uma nova dinâmica na relação entre os EUA e o Irã, especialmente sob a administração do ex-presidente Trump, sugere que as tensões geopolíticas podem intensificar-se ainda mais no futuro próximo.

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