Araghchi, em sua manifestação, foi enfático ao afirmar que “não negociamos sob pressão e intimidação”. O ministro destacou que a abordagem imposta por potências externas, no caso específico os EUA, não será aceita em um eventual diálogo. Ele ressaltou que as discussões a respeito do programa nuclear do Irã sempre foram imanentes a um caráter pacífico, contestando as alegações de que poderia haver um desvio para fins bélicos ou de militarização.
O ministro também mencionou que as reuniões em andamento com potências europeias, além de consultas separadas com Rússia e China, têm como objetivo construir um entendimento baseado no respeito mútuo. Araghchi argumentou que a intenção do Irã é explorar formas de aprimorar a transparência em seu programa nuclear, em troca do levantamento de sanções que considera ilegais.
Além disso, o chefe da diplomacia iraniana fez considerações sobre a segurança regional, afirmando que nenhum ataque militar por parte de Israel se concretizaria sem uma reação robusta, o que, segundo ele, resultaria em uma “conflagração maciça” no Oriente Médio. A mensagem parece ser uma advertência para qualquer ação militar precipitada, ao mesmo tempo em que sustenta a posição do Irã em defesa de sua soberania e de suas capacidades nucleares pacíficas.