As preocupações do G7 surgem principalmente em relação à alegação de que a Rússia estaria utilizando drones fabricados no Irã em suas operações militares dentro do território ucraniano. Tanto o governo iraniano quanto o russo, no entanto, têm se manifestado de forma enfática contra essas acusações, defendendo a integridade de suas ações e a legalidade de seus acordos bilaterais.
Além de rechaçar as alegações de envolvimento no conflito, Baghaei também expressou descontentamento em relação ao apelo dos ministros das Relações Exteriores do G7, que sugeriram que a Organização das Nações Unidas deve reavivar suas “obrigações” em decorrência da restauração de sanções contra o Irã. O porta-voz do governo iraniano qualificou essa tentativa de reimposição de sanções como um “abuso do mecanismo de resolução de disputas” estabelecido pelo acordo nuclear, ressaltando que essa abordagem é contrária ao que foi previamente acordado nas negociações.
As tensões em torno do Irã têm aumentado nos últimos meses, especialmente com os desdobramentos da guerra na Ucrânia e as complexas relações entre as nações envolvidas. O Irã, por sua vez, continua a buscar manter sua posição no cenário internacional, defendendo não apenas sua soberania, mas também a legitimidade de suas parcerias estratégicas. O contexto desse embate diplomático reflete um cenário global em transformação, com alianças sendo testadas e novas realidades geopolíticas emergindo em diferentes regiões do mundo. A resposta iraniana às alegações do G7 é, portanto, parte de um debate mais amplo sobre a legitimidade das ações e os direitos das nações em conflito.
