Durante a sua fala, o presidente iraniano enfatizou que as ações da AIEA não irão alterar o curso que sua nação escolheu trilhar. Ele ressaltou que a busca por armamento nuclear nunca foi e nunca será uma prioridade para o Irã. Essa afirmação se alinhou com o discurso oficial iraniano, que busca garantir à comunidade internacional que o foco do país permanece em atividades pacíficas.
As críticas não tardaram a surgir. O Ministério das Relações Exteriores do Irã e a Organização de Energia Atômica do país expressaram repúdio à resolução da AIEA, a qual consideram injusta e politicamente motivada. Além disso, a Rússia também se posicionou contra a medida, argumentando que a resolução demonstra uma falta de compromisso por parte das potências ocidentais em relação ao acordo nuclear que havia sido firmado anteriormente.
Mikhail Ulyanov, representante da Rússia na AIEA, destacou que a resolução foi aprovada por uma maioria simples de 19 votos a favor, com alguns países, entre eles, a China e Burkina Faso, votando contra. Ele observou que essa votação não garante um apoio amplo e convincente, mas sim uma visão fragmentada sobre a situação nuclear iraniana.
A declaração de Pezeshkian e os comentários subsequentes ilustram a complexidade do debate em torno do programa nuclear do Irã, onde o equilíbrio entre segurança nacional e a parceria internacional continua a ser um tema delicado e conturbado. O futuro da diplomacia na região permanece incerto e o cenário pode se restringir ainda mais, dependendo da evolução das negociações e das respostas internacionais.