Essa manifestação de apoio ocorre em um contexto de escalada de hostilidades por parte dos EUA, que têm intensificado suas ações militares nas proximidades da costa venezuelana, supostamente para combater o narcotráfico. Contudo, a administração de Maduro critica essas operações como tentativas de pressionar a mudança de governo no país sul-americano, acentuando as tensões geopolíticas entre Caracas e Washington.
As tensões se agravaram ainda mais após as autoridades americanas recomendarem que companhias aéreas evitassem sobrevoar o espaço aéreo venezuelano. Essa recomendação resultou em um aumento no cancelamento de voos e uma significativa redução das operações internacionais, refletindo um cerco econômico que a Venezuela já enfrenta há anos. O governo de Maduro considera essas medidas como parte de uma estratégia destinada a desestabilizar o seu governo, exacerbando uma crise que já é considerada profunda e prolongada.
Por sua vez, Maduro acolheu com entusiasmo a declaração de apoio iraniano, afirmando que as relações entre a Venezuela e o Irã estão vivendo o seu “melhor momento”. A manutenção desse laço estreito é vista como vital tanto em termos econômicos quanto políticos, em um cenário internacional cada vez mais polarizado.
A declaração de Pezeshkian e a reação de Maduro indicam que o Irã e a Venezuela estão fortalecendo suas alianças diante do crescente isolamento imposto pelos Estados Unidos, reforçando um eixo que busca resistir à influência americana na América Latina e no Oriente Médio. Essa dinâmica pode ter implicações significativas para a região e para a configuração geopolítica global, à medida que esses países procuram alternativas às pressões externas que enfrentam.
