Shamkhani, ao ser questionado sobre a possibilidade de o Irã assinar um novo acordo nuclear imediatamente, afirmou que o país estaria pronto para fazê-lo. A declaração acontece em um contexto de crescente tensão, em que o presidente maior figura dos EUA, Donald Trump, havia adiantado que poderia intensificar a pressão econômica contra o Irã, na tentativa de levar o regime a uma situação de colapso financeiro. Em resposta, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, defendeu que “a dignidade do país não está à venda”.
Nos últimos dias, os países negociadores se reuniram em Mascate, Omã, para discutir os termos de um possível acordo. Esta rodada foi a quarta, após encontros anteriores realizados em abril, sendo que parte das discussões ocorreu em Roma, na Itália. Essas tratativas foram iniciadas após uma carta enviada por Trump ao líder Khamenei, que propôs um novo entendimento sobre o programa nuclear iraniano, ameaçando recorrer à força militar caso as conversas não avançassem.
O panorama histórico dessas negociações remonta a 2015, quando o Irã decidiu assinar um acordo nuclear com um grupo de potências internacionais, incluindo os Estados Unidos, que aliviou as sanções em troca da limitação de seu programa nuclear. No entanto, em 2018, Trump retirou-se unilateralmente do acordo e reimpôs sanções, o que levou o Irã a revogar alguns de seus compromissos e reiniciar aspectos de seu programa nuclear.
O campo das negociações continua volátil, refletindo a complexidade das relações internacionais e as tensões geopolíticas que permeiam a região do Oriente Médio. A disposição do Irã para dialogar pode ser vista tanto como uma abertura diplomática quanto uma tentativa de contornar as sanções que têm impactos profundos sobre a economia iraniana. A continuidade das discussões nos próximos meses será crucial para determinar o futuro do programa nuclear iraniano e as relações entre Teerã e Washington.