A AIEA, uma entidade vinculada à ONU que supervisiona atividades nucleares, havia recebido sinal verde de Teerã para retomar consultas técnicas. No entanto, a posição da liderança iraniana se alterou, limitando a interação a diálogos políticos com autoridades locais, sem qualquer acesso físico às instalações nucleares do país. Para Azizi, a visita da delegação da AIEA não se traduzirá em inspeções como tradicionalmente ocorre, ressaltando a recusa do governo em permitir fiscalização externa.
O clima de animosidade em torno do programa nuclear iraniano se intensifica, especialmente com o decreto assinado pelo presidente Masoud Pezeshkian, que suspendeu a cooperação com a AIEA no início do mês passado. Em contrapartida, o chanceler Abbas Araghchi parece adotar um tom conciliador, assegurando que os canais de cooperação continuam abertos, embora condicionados à segurança das instalações e dos cientistas nucleares iranianos.
Este movimento ocorre em meio às críticas contínuas do Irã à AIEA e ao seu diretor-geral, Rafael Grossi, que têm sido acusados de inércia diante de ações ameaçadoras, como ataques de Israel e dos Estados Unidos às instalações nucleares do país. O futuro das negociações e da supervisão internacional sobre o complexo nuclear iraniano, portanto, permanece incerto, alimentando especulações sobre as repercussões geopolíticas no Oriente Médio e além.
Enquanto a delegação da AIEA se prepara para essa visita controversa, a maneira como o Irã irá lidar com a pressão internacional, bem como as suas próprias exigências de segurança, continuará a ser um tema central nas discussões sobre a estabilidade regional e global.