Esmaeil Baqaei, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, afirmou que o projeto de lei em questão exigiria que o governo revogasse oficialmente sua adesão ao tratado. Em suas declarações, Baqaei enfatizou que a decisão é uma resposta aos ataques recentes e reafirmou que a proposta ainda está em fase de elaboração, indicando um entendimento da gravidade da situação atual.
A escalada do conflito entre Irã e Israel é marcada por acusações mútuas: enquanto Israel alega que o Irã está próximo de desenvolver uma técnica eficaz para construir uma bomba atômica, Teerã insiste que seu programa nuclear é exclusivamente voltado para a produção de energia. Essa discordância fundamental gera um clima de incerteza e desconfiança na comunidade internacional.
Em 2015, as principais potências mundiais assinaram um acordo com o Irã que estabelecia um rigoroso regime de monitoramento sobre as instalações nucleares do país em troca da revogação de sanções econômicas. No entanto, o acordo foi desfeito por Donald Trump durante seu mandato na presidência dos Estados Unidos, levando a um desmantelamento dos avanços diplomáticos.
Com a possibilidade do retorno de Trump ao cargo, as negociações entre EUA e Irã parecem cada vez mais distantes, especialmente após os recentes episódios de violência. A proposta do Irã de se retirar do tratado de não proliferação representa um potencial ponto de virada no cenário geopolítico do Oriente Médio, elevando as preocupações sobre a segurança regional e a possibilidade de uma corrida armamentista nuclear. O futuro do acordo e das relações entre essas nações permanece, portanto, incerto e delicado.