De acordo com Araghchi, esse novo entendimento bilateral não deve ser interpretado como uma aliança militar tradicional. Ele reiterou que o acordo é abrangente, abrangendo diversas esferas da interação entre Irã e Rússia. “Não se trata de um pacto militar focado ou direcionado a um inimigo específico, mas sim de uma cooperação ampla que envolve múltiplos aspectos”, afirmou o chanceler iraniano. Essa nova visão de colaboração é apresentada como uma estratégia destinada a aumentar a segurança comum sem representar uma ameaça a terceiros.
Recentemente, o Kremlin anunciou que o presidente Vladimir Putin e o presidente iraniano Masoud Pezeshkian assinarão oficialmente o acordo em uma cúpula programada para o dia 17 de janeiro. Esse documento é uma atualização de um tratado anterior, firmado em 2001, e se torna um marco na relação bilateral com 47 artigos que tratam de diversos tópicos, incluindo economia, tecnologia e intercâmbios culturais.
A conclusão do corredor de transporte Norte-Sul é um dos projetos destacados no novo acordo, que visa facilitar o comércio entre os dois países e conectar Irã e Rússia à Europa e Ásia. Essa iniciativa promete encurtar as rotas comerciais e reduzir custos, o que pode impactar positivamente o volume de comércio que, segundo dados recentes, já aumentou 15% no último ano.
Araghchi também sublinhou a importância dos intercâmbios culturais, ressaltando que o novo acordo criará melhores condições para viagens e programas culturais conjuntos, promovendo um entendimento mais profundo entre os povos dos dois países. A expectativa é que esse plano não apenas fortaleça as relações econômico-culturais, mas também consolide o perfil do Irã e da Rússia como potências estratégicas no cenário global.
Em suma, este novo acordo representa um movimento significativo no eixo de alianças do Oriente Médio, destacando os esforços conjuntos de Irã e Rússia para moldar um futuro onde ambos possam se beneficiar de uma relação mais profunda e multifacetada.