Irã Desmente EUA: Não Há Planos de Retomada das Negociações sobre Acordo Nuclear, Afirma Chanceler Abbas Araghchi.

O governo iraniano se manifestou com firmeza nesta quinta-feira (26) ao desmentir as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que indicavam a possibilidade de retomada das negociações sobre o acordo nuclear entre Teerã e Washington na próxima semana. O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, foi o responsável pela negativa, durante uma entrevista concedida à televisão estatal.

Em sua fala, Araghchi considerou as afirmações de Trump meras “especulações” e enfatizou que, neste momento, não existem planos concretos para reabrir as discussões. O ministro das Relações Exteriores do Irã foi categórico ao afirmar que as conversas, que nas últimas décadas têm sido alvo de forte tensão entre os dois países, não são viáveis no atual cenário. “Não há sentido em negociar agora”, declarou, sublinhando que a situação política e econômica que o país enfrenta não favorece um diálogo produtivo.

Essas declarações ressaltam a complexidade e a fragilidade das relações entre Irã e EUA, que atualmente são marcadas por um histórico de desconfiança e rivalidades. A questão nuclear tem sido um tema central na pauta bilateral, com o acordo de 2015, que limitava o programa nuclear iraniano em troca de alívio nas sanções econômicas, sendo um ponto focal. As tensões aumentaram significativamente após a retirada dos EUA do pacto em 2018 e a reimposição de sanções severas que impactaram a economia iraniana.

O desprezo do governo iraniano à possibilidade de renegociação surge em um contexto em que ambos os países divergem em questões fundamentais, tornando difícil a construção de um diálogo construtivo. A declaração do chanceler também pode ser interpretada como um sinal de que Teerã não está disposta a ceder em sua postura frente às pressões externas, reafirmando sua soberania em um convívio internacional repleto de equívocos e incertezas. Portanto, as chances de um entendimento pacífico e de um avanço nas negociações permanecem distantes, refletindo um cenário desafiador para o futuro das relações entre as duas nações.

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