O diretor-geral do Departamento de Assuntos Iranianos no Exterior do ministério, Alireza Hashemi Raja, não hesitou em criticar a política americana, afirmando que ela reflete uma “mentalidade supremacista” cultivada pelos formuladores de políticas em Washington. Segundo Raja, a proibição, baseada em critérios religiosos e nacionais, revela uma “hostilidade profundamente arraigada” contra o povo iraniano e muçulmanos de uma forma mais ampla.
Em sua fala, o diplomata denunciou também o que considerou “discriminação racial e racismo sistêmico”, argumentando que essa política impediria milhões de pessoas de atravessarem as fronteiras dos Estados Unidos apenas em razão de sua origem ou crença religiosa. Para ele, essa postura não apenas fere normas internacionais de direitos humanos, mas também trará consequências para a responsabilização do governo americano em arenas internacionais.
O governo iraniano fez um apelo à comunidade global para que se mobilize contra essa medida. Raja solicitou que as Nações Unidas e outras organizações voltadas para a defesa dos direitos humanos condenem explicitamente políticas unilaterais que, segundo ele, não apenas contradizem os princípios dos próprios Estados Unidos, mas também os tratados internacionais que buscam proteger os direitos humanos.
Além disso, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores enfatizou que o Irã irá buscar proteger os direitos de seus cidadãos frente às sanções impostas por Washington, embora os detalhes sobre as ações específicas que serão tomadas ainda não tenham sido revelados.
A nova proibição americana gerou reações adversas não apenas do Irã, mas também de outros países e organizações da sociedade civil, que criticaram a medida como discriminatória e ineficaz em termos de segurança. Grupos defensores dos direitos civis destacaram que tal abordagem não contribui para a segurança, mas sim para um clima de discriminação e exclusão.