Conforme informações divulgadas, o governo iraniano notificou autoridades norte-americanas e do Catar sobre sua intenção de atacar por meio de canais diplomáticos, pouco antes da execução do plano. O som de explosões pôde ser ouvido em diversas regiões de Doha, levando a uma crescente preocupação na capital catariana.
O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã divulgou um comunicado afirmando que as Forças Armadas do país “destruíram a base aérea americana de Al-Udeid, localizada no Catar”. Em contrapartida, fontes oficiais dos Estados Unidos afirmaram que não houve vítimas entre as tropas americanas, o que indicaria uma eficácia das medidas de defesa adotadas.
Relatos vindos do Irã sugerem que mísseis foram lançados em número equivalente ao de bombas que os Estados Unidos utilizaram em suas operações contra as instalações nucleares iranianas. No ataque deste último sábado, os EUA lançaram 14 bombas anti-bunkers, pesando aproximadamente 13 toneladas cada, com o objetivo de atingir o programa de enriquecimento de urânio do Irã.
O governo do Catar confirmou que suas defesas aéreas conseguiram interceptar alguns dos mísseis direcionados à base militar de Al-Udeid, que é a maior base americana no Oriente Médio, com cerca de 10 mil funcionários civis e militares alojados.
Em reação à escalada militar, o Catar e o Bahrein fecharam seus espaços aéreos, enquanto o Kuwait também suspendeu voos na região. Além disso, a base aérea americana de Ain al-Asad, no Iraque, ativou seu sistema de defesa aérea, uma medida preventiva diante da possibilidade de novos ataques.
No contexto internacional, o governo brasileiro manifestou sua preocupação com o agravamento da situação no Oriente Médio. Através de um comunicado, a diplomacia brasileira condenou os ataques militares de Israel e dos Estados Unidos, ressaltando que ações contra instalações nucleares são uma clara violação da Carta das Nações Unidas. O Itamaraty reafirmou sua postura em favor do uso da energia nuclear apenas para fins pacíficos, expressando um firme compromisso contra a proliferação nuclear em regiões com instabilidade geopolítica.
