No início da semana, Trump havia assinado um decreto que intensificaria a pressão econômica sobre o Irã, ao mesmo tempo em que manifestou a esperança de que essa abordagem não fosse necessária com frequência. Em resposta, a Casa Branca instituiu novas sanções contra indivíduos e entidades envolvidas na exportação de petróleo iraniano para a China. Essas movimentações refletem a estratégia dos Estados Unidos de isolar o Irã economicamente, enquanto o país persa se vê encurralado diante de uma economia que já sofre com as restrições.
A tensão entre as duas potências se agrava, especialmente após o duro posicionamento do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano, que rechaçou qualquer forma de negociação com os EUA durante uma reunião com representantes das forças armadas. Khamenei reforçou a ideia de que o Irã não aceita barganhar sob condições de coerção, destacando a determinação do país em manter sua soberania.
Aragchi também se referiu ao histórico de fracassos da política de “pressão máxima” durante a administração anterior de Trump, que incluiu a retirada dos EUA do acordo nuclear e o assassinato do general Qasem Soleimani, figura central nas operações de segurança iraniana. O ministro alertou que a reativaçao dessa estratégia apenas resultaria em mais fracasso para os EUA, evidenciando a resistência do Irã em ceder a pressões externas.
Dessa forma, o contexto atual sugere que as tensões entre Teerã e Washington continuam a crescer, com o Irã se mostrando irredutível em sua posição frente a negociações que não respeitem sua dignidade e soberania. A perspectiva de um diálogo construtivo entre as partes parece cada vez mais distante.