Irã afirma que instalações nucleares evacuadas antes dos ataques de Trump e Israel; governo garante que danos são minimais e não há risco de radiação.

Em um recente desdobramento no cenário geopolítico do Oriente Médio, o governo do Irã anunciou que suas instalações nucleares já haviam sido evacuas antes de um ataque realizado pelos Estados Unidos. O assessor do presidente do Parlamento iraniano, Mehdi Mohammadi, informou através das redes sociais que três locais, incluindo a estratégica instalação de Fordow, foram desocupados previamente, minimizando assim a possibilidade de danos irreversíveis durante os bombardeios. Mohammadi destacou a confiança da nação em sua capacidade de resistir a ataques, afirmando que “você não pode bombardear o conhecimento”.

O ataque, que foi confirmado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi considerado um sucesso pela administração americana. Trump declarou que as forças armadas dos EUA haviam realizado um bombardeio em três instalações nucleares no Irã, incluindo a mencionada Fordow, essencial para o programa nuclear iraniano. Este incidente ocorre em um contexto de crescente tensão entre Irã e Israel, que recentemente conduziu operações militares, alegando que o país persa poderia estar desenvolvendo um programa nuclear com fins bélicos.

O governo do Irã, por sua vez, nega veementemente as alegações de que seu programa nuclear possua uma dimensão militar. O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, também destacou que suas investigações não encontraram evidências que suportassem essas alegações. Apesar das afirmações de Trump e Israel, relatórios de inteligência dos EUA contradizem a narrativa de uma busca por armas nucleares por parte do Irã.

As respostas iranianas aos recentes ataques têm incluido lançamentos de mísseis e ataques de drones, visavam inicialmente alvos militares. Contudo, informações apontam que esses combates resultaram em consequências trágicas, com vítimas civis em ambos os lados. O Ministério da Saúde iraniano contabiliza mais de 400 mortes e cerca de 3 mil feridos, enquanto Israel relatou mais de 20 mortos e 1.200 feridos.

Esse ciclo de hostilidades contínuas e a troca de acusações entre as nações aumentam a incerteza na região, ressaltando a complexidade do diálogo sobre armas nucleares e segurança nacional no Oriente Médio.

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