Iravani afirmou com firmeza que “mesmo agora, o Irã reserva seu pleno e legítimo direito, sob o direito internacional, de se defender contra essa agressão”. As forças armadas do Irã, segundo ele, decidirão o momento, a natureza e a escala de qualquer resposta, que deve ser proporcional às ações hostis enfrentadas.
Durante o discurso, o embaixador do Irã também traçou um paralelo com momentos difíceis do passado do país, sugerindo que, assim como superou crises antes, o Irã se recuperará novamente diante desse desafio. Iravani insinuou que Israel estaria utilizando a diplomacia como um artifício para enganar a comunidade internacional, enquanto orquestrava ataques militares contra o Irã. Ele destacou que, enquanto o Irã se preparava para retomar negociações diplomáticas com os Estados Unidos, Israel lançou um ataque intempestivo, frustrando os esforços de diálogo. “A suposta oferta de diplomacia não passou de uma manobra enganosa”, lamentou.
Em contraste, o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou preocupações com a escalada militar no Oriente Médio, a qual classificou como uma “virada perigosa em uma região que já estava cambaleando”. Guterres reiterou sua posição contra a militarização e ressaltou a importância da diplomacia, alertando para os riscos de um ciclo interminável de retaliação. “A região não pode suportar mais destruição. É urgente que ações decisivas sejam tomadas para interromper o conflito e reiniciar as negociações sobre o programa nuclear iraniano”, enfatizou.
Na noite anterior, os Estados Unidos realizaram ataques aéreos contra três instalações nucleares iranianas, localizadas em Natanz, Fordow e Isfahan, com a justificativa de que o objetivo era desestabilizar o programa nuclear do Irã. Essa situação gerou uma nova onda de tensões e questionamentos sobre o futuro do diálogo diplomático na região.