Segundo a investigação da Polícia Civil de São Paulo, Bekeredjian alegou ser um “fanático por armas” e que adquiria as armas sem regularização de maneira indiscriminada. No entanto, as autoridades desconfiam de seu envolvimento com o tráfico de armas internacional e também suspeitam que ele seja o fornecedor de armas para o crime organizado, incluindo roubos perpetrados pela facção criminosa conhecida como “Novo Cangaço”.
Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e cumpridos na residência luxuosa do traficante na região de Santo Amaro, na capital paulista. O arsenal ilegal estava escondido em um depósito subterrâneo na casa vizinha, que pertencia à mãe do criminoso, falecida há seis anos.
O delegado responsável pela investigação, Ronald Quene, afirmou que o armamento apreendido poderia ter caído nas mãos de criminosos extremamente bem armados, levando à morte de inocentes. Ele classificou a conduta de Bekeredjian como inaceitável, pois o suspeito mantinha um grande número de armas ilegais em um bunker.
Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que Ricardo Bekeredjian se envolve em crimes relacionados a armas. Em 2007, ele foi preso tentando embarcar com 30 mil dólares não declarados em um voo de São Paulo para Foz do Iguaçu, cidade estratégica para o crime organizado realizar suas operações ilícitas.
Após pagar fiança de R$ 50 mil, Bekeredjian conseguiu relaxar a prisão, mas permanece sob investigação da polícia. Até o momento, a defesa do suspeito não foi localizada para comentar as acusações. O caso continua sendo acompanhado de perto pelas autoridades e novas revelações podem surgir durante as investigações em andamento.