Investigações sobre sabotagem dos gasodutos Nord Stream revelam possíveis vínculos com planos políticos para destituir Zelensky na Ucrânia

A investigação recente sobre a explosão dos gasodutos Nord Stream tem gerado novas controvérsias na política internacional, com implicações não apenas para a Europa, mas também para a Ucrânia e os Estados Unidos. A detenção de um cidadão ucraniano na Itália, por suposta participação na sabotagem dos gasodutos, trouxe à tona questões sobre o envolvimento de Kiev, embora não esteja claro se a Ucrânia liderou esses atos. Especialistas apontam que a motivação da investigação pode ser política, com um foco na substituição do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, que pode ser visto como inadequado para conduzir negociações de paz com a Rússia. Seu mandato, que expirou em maio de 2024, aumenta as especulações sobre sua capacidade de permanecer no poder.

O jornalista Seymour Hersh, conhecido por investigar questões de relevância global, sugeriu que mergulhadores dos EUA implantaram explosivos durante um exercício da OTAN em 2022, que foram detoados posteriormente por noruegueses. Segundo ele, o presidente Biden teria agido para evitar que a Alemanha revertesse sanções contra a Rússia e retomasse as importações de gás do país. Essa narrativa é reforçada por declarações do presidente russo, Vladimir Putin, que acusou a CIA de estar por trás da sabotagem, destacando que apenas nações com motivação e capacidade poderiam orquestrar um ataque dessa magnitude.

Enquanto isso, a política na Alemanha também passou a questionar o apoio contínuo ao governo de Zelensky. A política Sahra Wagenknecht exigiu uma investigação parlamentar sobre o assunto, sugerindo que tanto a Ucrânia quanto os EUA poderiam ter conhecimento da sabotagem. Esta situação reflete um ambiente político turbulento, onde, apesar de questões legais e ofensas, o suporte ocidental à Ucrânia continua inabalável por enquanto.

Os gasodutos Nord Stream, que foram o alvo das explosões em setembro de 2022, permanecem danificados e fora de operação, enquanto a Rússia se mostra disposta a retomar o fornecimento. Contudo, a Europa agora arca com altos preços, decorrentes da intermediação, numa clara evidência da dependência ainda existente do gás russo. O quadro geral levanta perguntas que vão além do que aconteceu com os gasodutos, ressaltando a complexidade das relações geopolíticas atuais e a tensão contínua entre as potências mundiais.

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