Em resposta, a polícia sul-coreana formou uma equipe de investigação especial composta por 120 membros. Essa equipe irá analisar quatro queixas que vão desde “alta traição” até motim e abuso de poder, todos relacionados à tentativa de implementação e posterior suspensão da lei marcial. A Procuradoria, por sua vez, está organizando uma sede de investigação liderada pelo chefe da Procuradoria Superior de Seul, Park Se-hyun, para investigar outras alegações que estão surgindo no contexto dessa crise política.
As tensões aumentaram ainda mais com a ordem do presidente Yoon, que direcionou a prisão de líderes de ambos os partidos, incluindo figuras proeminentes como Lee Jae-myung, líder do Partido Democrático, e outros altos representantes dos partidos políticos. Num contexto de polarização intensa, Yoon justificou a imposição da lei marcial dizendo que era uma medida necessária para “combater as forças pró-Coreia do Norte” e para preservar a ordem constitucional liberal.
No entanto, essa ação foi contestada pela Assembleia Nacional, que, apesar da presença de forças especiais do Exército inicialmente enviadas para impedir o acesso de parlamentares ao parlamento, conseguiu reunir-se e votar pela revogação da lei marcial. Agora, tanto a oposição quanto membros do governo preveem ações legais que podem incluir acusações de golpe de Estado contra Yoon, o ministro da Defesa e outros oficiais de segurança envolvidos na situação. Os partidos opositores já apresentaram projetos de impeachment que serão discutidos em votação nos dias 6 e 7 de dezembro.
Este notável momento de instabilidade política na Coreia do Sul levanta questões sobre o futuro da liderança de Yoon e suas políticas, bem como as potencialmente profundas implicações para a dinâmica política do país. A situação continua a evoluir, com o olhar atento da comunidade internacional sobre um dos maiores testes à democracia sul-coreana em anos.