De acordo com as investigações, Kelly, de apenas 16 anos, foi sentenciada pela cúpula de uma facção criminosa em um “tribunal do crime”. A jovem foi acusada injustamente de ser “delatora”, supostamente por ter informado a localização de um membro da organização, mas as averiguações confirmaram que tal denúncia nunca existiu. Essa falsa acusação culminou em sua execução, um reflexo da impiedosa lógica punitiva imposta por aqueles que comandam o crime na região.
A investigação, conduzida pela equipe da Delegacia de Homicídios da 2ª Região sob a liderança do delegado Leonardo Amorim, em colaboração com o 35º Distrito Policial e agências de inteligência, identificou quatro indivíduos como envolvidos no homicídio. Entre eles, três homens e uma mulher: dois encontram-se presos, um morreu em confronto com a polícia e outro está foragido.
O corpo de Kelly foi descoberto em uma cova rasa em uma área de mata no início de julho, e sua identificação foi confirmada por exames do Instituto Médico Legal (IML). Com o inquérito concluído, os responsáveis pelo ato brutal foram indiciados e o caso agora aguarda julgamento no poder judiciário.
Este episódio revela não apenas o perigo enfrentado por comunidades dominadas pelo crime, mas também a urgência de medidas efetivas para combater a criminalidade que ceifa vidas inocentes com impunidade. A morte de Kelly é um lembrete doloroso das falhas que precisam ser urgentemente abordadas para proteger os jovens da violência das facções.