O relatório detalha as compras extravagantes feitas por Teodoro entre os anos de 2000 e 2015 em diversos países, utilizando dinheiro suspeito de origem ilícita. Dentre os itens adquiridos estão pinturas de artistas renomados, imóveis em vários lugares, um avião, iates e objetos de colecionador, como itens do cantor Michael Jackson e arte de Yves Saint Laurent.
Destaca-se que o item mais caro da lista é um iate avaliado em US$ 150 milhões, seguido por outro barco de US$ 100 milhões. A investigação contou com cooperação internacional com Estados Unidos, França, Suíça e Portugal, e encontrou provas tanto em fontes abertas quanto em registros internacionais.
No Brasil, a investigação foi iniciada em 2018 e concluída em 2020, sendo encaminhada à Justiça Federal de São Paulo. A origem dos recursos utilizados por Teodoro Obiang tanto na aquisição de imóveis de luxo quanto na compra de bens sofisticados foi ligada a crimes cometidos por ele na Guiné Equatorial, onde já ocupou cargos ministeriais e agora é vice-presidente.
Teodoro não escapou das investigações internacionais, sendo confiscados bens nos EUA e na França que foram adquiridos ilicitamente. O filho do ditador foi condenado na França por lavagem de dinheiro e teve seus bens apreendidos em diferentes países, demonstrando a dimensão da lavagem de dinheiro e desvios de recursos envolvidos.
A investigação revela um padrão de gastos excessivos que não condizem com os rendimentos declarados por Teodoro Obiang, fornecendo provas contundentes de atividades ilegais e envolvimento em esquemas de corrupção. A Embaixada da Guiné Equatorial no Brasil não se pronunciou sobre as acusações. A lista completa de bens adquiridos de forma suspeita foi divulgada, evidenciando a extensão dos crimes cometidos por Teodoro Obiang Mangue.