A operação Desumanidade foi responsável por investigar desvios em obras de unidades de saúde em Patos (PB), base eleitoral da família de Motta. O Ministério Público Federal apontou irregularidades em contratos para a construção de Unidades Básicas de Saúde, parcialmente financiadas com emendas do deputado Hugo Motta. O acordo de delação premiada foi enviado ao Supremo Tribunal Federal em 2016 para homologação, mas nunca foi oficializado.
De acordo com a delação, Hugo Motta teria recebido 20% do valor desviado do contrato investigado pela operação Desumanidade. Esses recursos teriam sido utilizados na campanha eleitoral do deputado em 2014, distribuídos em notas de pequeno valor para cabos eleitorais efetuarem a compra de votos.
A interceptação telefônica foi um dos instrumentos utilizados nas investigações. Em uma conversa, um interlocutor mencionou que Hugo Motta teria recebido valores relacionados às obras. O delator Costa Júnior confirmou o conteúdo do áudio em seu acordo e afirmou que o valor seria equivalente aos 20% do contrato destinados a Motta.
Os repasses foram feitos como forma de cumprir um “compromisso político” com o deputado, visto que ele seria responsável pela liberação da emenda parlamentar relacionada à obra. Procurado para comentar o assunto, o deputado preferiu não se manifestar.
Diante dessas revelações, fica evidente a gravidade das acusações envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e a necessidade de investigação e esclarecimento dos fatos para garantir a transparência e a integridade no cenário político nacional.