Investigação descobre esquema ilegal de parcelamento de terras no Lago Norte após 30 anos de atuação criminosa; Operação Pantsir desvenda o caso.



Na manhã desta terça-feira (19/11), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagrou a Operação Pantsir para investigar uma organização criminosa envolvida no parcelamento ilegal do solo em um residencial no Lago Norte. As investigações, que tiveram início em 2021, apontaram que a atuação ilegal do grupo já perdurava há cerca de 30 anos, envolvendo a disputa de terras na antiga Fazenda Brejo Torto.

A região já foi palco de polêmica no passado, quando a propriedade da terra foi debatida na CPI da Grilagem na Câmara Legislativa do DF em 1995. Na ocasião, foi identificado o uso de documentos fraudulentos na implantação do Condomínio Tomahawk, posteriormente renomeado para Jardins do Lago Norte. O relatório final da CPI apontou que esses documentos não tinham ligação com a área do parcelamento, caracterizando um caso de deslocamento de título.

Os investigados vendiam lotes inexistentes sob a promessa de regularização futura, mudando posteriormente o nome do residencial para Setor Habitacional Jardins do Lago Norte e cobrando taxas condominiais de uma área inexistente. A Operação Pantsir resultou na apreensão de documentos na sede da Cooperativa e Associação do Setor Habitacional Jardins do Lago Norte, visando aprofundar as investigações e identificar novos envolvidos no esquema criminoso.

Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em nove endereços no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, além de medidas de suspensão contra empresas de fachada. Os crimes investigados incluem grilagem de terras, estelionato, extorsão, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e contra as relações de consumo. A Terracap afirmou, por meio de nota, que a área em questão é de sua propriedade exclusiva e que tem sido alvo de tentativas de grilagem ao longo dos anos, mantendo vigilância constante para preservar o patrimônio público.

A investigação continua em andamento, com a Justiça determinando a suspensão das atividades das pessoas jurídicas envolvidas e aprofundando as apurações sobre as irregularidades cometidas pela organização criminosa no Lago Norte.

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