Investigação aponta falhas na fabricação do Titan, submersível que implodiu a caminho dos destroços do Titanic em 2023.



O acidente com o submersível Titan, que resultou na morte de cinco pessoas, tem levantado questionamentos sobre a segurança e a qualidade do equipamento. Segundo informações obtidas através do depoimento de Don Kramer, engenheiro do National Transportation Safety Board dos Estados Unidos, o casco de fibra de carbono do submersível apresentava imperfeições desde o processo de fabricação.

O acidente ocorreu em junho de 2023, mas foi precedido por um estrondo alto ouvido durante um mergulho realizado em julho de 2022, o que levanta a possibilidade de que o casco do Titan já estivesse comprometido antes do acidente fatal. As investigações apontaram que as camadas de fibra de carbono que compunham o casco do submersível apresentavam delaminação e outras falhas estruturais.

Além disso, testemunhas relataram a ocorrência de um “evento acústico alto” durante o mergulho em julho de 2022, indicando que o equipamento já apresentava problemas antes do acidente fatal. As declarações de Kramer foram seguidas pelo depoimento de William Kohnen, especialista em embarcações e crítico da OceanGate, empresa responsável pelo Titan.

Kohnen descreveu o acidente como evitável e criticou a falta de testes adequados no submersível antes de sua utilização. Outros especialistas, como Bart Kemper, levantaram preocupações sobre a qualidade da construção do submersível, destacando problemas na janela do submarino.

O acidente com o Titan levantou debates sobre a segurança da exploração submarina privada e a necessidade de maior regulamentação no setor. A audiência continua em andamento, com diversas testemunhas sendo ouvidas para esclarecer os eventos que levaram à implosão do submersível.

Guillermo Sohnlein, um dos fundadores da OceanGate, expressou esperança de que o acidente leve a um interesse renovado na exploração submarina, mas ressaltou a necessidade de maior segurança nas operações. A empresa suspendeu suas operações após o acidente e agora enfrenta críticas e questionamentos sobre sua conduta.

O desastre do Titan representa um marco na história da exploração submarina e levanta questões importantes sobre a segurança e a responsabilidade das empresas envolvidas. A Guarda Costeira segue investigando as causas da implosão do submersível e todas as partes envolvidas estão sendo ouvidas para esclarecer os fatos e evitar que acidentes semelhantes ocorram no futuro.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo