A reviravolta começou quando o acusado foi detido no início de agosto, mas logo liberado após uma audiência de custódia, quando afirmou que a vítima estava viva. Investigações em bancos de dados confirmaram o depoimento do réu. Na audiência de setembro, o homem apontado como morto surpreendeu a todos ao comparecer e declarar que nunca foi agredido, estando na época em Pernambuco, trabalhando no corte de cana e vivendo com a irmã, sem que sua família soubesse.
O irmão da vítima havia reconhecido, por fotos, um cadáver como sendo de Marcelo, levando à acusação formal. Um laudo cadavérico naquele momento sustentou a denúncia do Ministério Público de Alagoas. No entanto, a aparição do supostamente falecido revelou um erro grave no relatório, já que a pessoa falecida não era Marcelo.
Em sua decisão, o juiz enfatizou a falta de provas do homicídio, principalmente pela presença da vítima viva. A acusação original relatava que o réu teria, com um menor, emboscado Marcelo à saída de uma danceteria, motivado por ciúmes. Ainda assim, com o desenrolar dos eventos, ficou evidente a necessidade de corrigir o julgamento com a absolvição sumária, dada a ausência de requisitos mínimos para um júri.