O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, ressaltou a necessidade de estratégias que vão além do setor ambiental diante da crise enfrentada. Ele chamou a atenção para a forma de ocupação das cidades brasileiras, especialmente em áreas de risco, destacando que muitas vezes a população mais pobre se vê obrigada a ocupar esses locais devido a diversos fatores como a baixa economia e políticas públicas equivocadas.
O professor Rualdo Menegat, do Instituto de Geociências da UFRGS, alertou para a importância de repensar o desenvolvimento das comunidades urbanas, preparando-as para enfrentar adversidades futuras. Já a deputada Luciana Genro, do Psol-RS, defendeu a implementação de programas habitacionais que repensem a estrutura das cidades, visando reduzir a segregação espacial.
A questão do desemprego também foi levantada durante a audiência, com o vereador Roberto Robaina, do Psol, citando os camelôs que ficaram sem ter onde trabalhar devido às inundações que atingiram o centro de Porto Alegre.
Fernanda Melchionna criticou o negacionismo climático e o desmonte da legislação ambiental no Brasil, ressaltando a urgência de fornecer assistência à população afetada pelas inundações. Talíria Petrone enfatizou a importância de garantir a vida da população atingida pelas enchentes e destacou a necessidade de uma resposta efetiva para lidar com as consequências do desastre.
Assim, a audiência evidenciou a complexidade dos desafios enfrentados pelo estado do Rio Grande do Sul diante das inundações e a urgência de uma atuação eficaz para garantir a segurança e o bem-estar da população afetada.