Intérprete de Libras é retirada de reunião entre presidentes do Brasil e França após “tumultuar cerimônia”, diz Secom do Palácio do Planalto

Uma polêmica envolvendo uma intérprete de Libras marcou a reunião dos presidentes do Brasil e da França, Luiz Inácio Lula da Silva e Emmanuel Macron, realizada na última quinta-feira. A intérprete Brenda Rodrigues foi obrigada a se retirar do evento após determinação da Secretaria de Comunicação (Secom) do Palácio do Planalto, o que gerou controvérsias e acusações de ambas as partes.

Segundo a profissional, que alega ter sido escalada pela empresa para atuar na transmissão do encontro, ela foi expulsa do local sem justificativa assim que chegou. No entanto, a Secom nega essa versão e alega que Brenda tentou tumultuar a cerimônia, o que levou à sua retirada do evento. A secretaria afirma que a intérprete já havia causado problemas durante sua atuação na Presidência da República em ocasiões anteriores.

Brenda Rodrigues, em entrevista ao GLOBO, se sentiu humilhada e afirmou estar sendo alvo de perseguição por parte do governo. Ela argumenta que estava devidamente identificada, com autorização prévia e que a empresa para a qual trabalha não havia dispensado seu serviço. A intérprete recebeu apoio de Fabiano Guimarães, antigo intérprete de Libras do ex-presidente Jair Bolsonaro, que criticou a postura do governo Lula em relação à inclusão.

Em nota, a Secom afirmou que a presença de Brenda era desnecessária no evento e que a profissional já havia sido comunicada anteriormente sobre sua impossibilidade de participar de atividades na Presidência. A secretaria alega que a intérprete foi informada de que não precisariam mais de seus serviços naquela noite, mas Brenda argumenta que precisava permanecer no local para receber pelas horas de trabalho.

A polêmica envolvendo a intérprete de Libras e a Secom levantou discussões sobre a importância da inclusão e o tratamento dado aos profissionais dessa área. A situação evidenciou divergências e desentendimentos que marcam o cenário político atual, envolvendo questões de acessibilidade e respeito aos trabalhadores.

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