Diante desse cenário caótico, o governo brasileiro expressou sua preocupação com a situação de segurança pública no Haiti e destacou a necessidade de medidas concretas por parte da comunidade internacional para apoiar o país. Em nota, o Itamaraty solicitou o envio de uma missão internacional de segurança e a implementação da Resolução 2699 (2023) do Conselho de Segurança da ONU, que prevê a criação da Missão Multinacional de Apoio à Segurança no Haiti (MSS).
Além disso, o Brasil cobrou das lideranças haitianas a organização de eleições assim que a violência for controlada, garantindo a segurança de eleitores e candidatos. O governo brasileiro enfatizou a importância do diálogo nacional entre os atores políticos do Haiti como um passo essencial para a realização do processo eleitoral.
Enquanto os confrontos armados entre bandos e as forças de segurança aumentam, cresce o número de desalojados que fogem das áreas mais afetadas. Recentemente, ocorreram ataques a prisões no país, resultando na fuga de milhares de detentos, incluindo líderes de grupos criminosos.
A tensão se intensificou ainda mais com a presença do exército e da polícia no principal aeroporto de Porto Príncipe, onde ocorreram confrontos com bandos armados. Todos os voos foram cancelados devido à violência, gerando pânico entre os moradores da região. Enquanto isso, o primeiro-ministro interino, Patrick Michel Boivert, declarou estado de emergência e toque de recolher, tentando controlar a situação caótica no país.
Essa nova escalada de violência no Haiti tem origem em questões políticas e sociais, com exigências de renúncia do primeiro-ministro e pressões para a realização de eleições. Enquanto a comunidade internacional se mobiliza para apoiar o país, a população haitiana enfrenta um cenário de insegurança e instabilidade que demanda soluções urgentes e eficazes para restabelecer a ordem e promover a paz no Haiti.
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