INTERNACIONAL – Venezuela oferece recompensa por opositor Edmundo González antes da posse de Maduro para terceiro mandato em meio a tensões políticas.



Neste cenário político tenso e cheio de incertezas, a Venezuela se prepara para a posse do presidente Nicolás Maduro para o seu terceiro mandato, marcada para o dia 10 de janeiro. No entanto, as atenções estão voltadas para o opositor do presidente, Edmundo González, candidato que disputou as eleições contra Maduro em julho de 2024.

Exilado na Espanha, Edmundo promete retornar à Venezuela após passar por outros países da América Latina, começando pela Argentina. No entanto, as autoridades venezuelanas ofereceram uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem à prisão de González. Ele é acusado de diversos crimes, como conspiração, cumplicidade por atos de violência contra a República, falsificação de documentos e instigação à desobediência das leis.

Em meio a essas polêmicas, a oposição venezuelana denuncia que as eleições foram fraudadas, uma vez que os dados por mesa de votação não foram divulgados, enquanto o governo de Maduro alega que há uma tentativa de golpe de Estado em curso, com suposto apoio dos Estados Unidos. O clima de tensão política tem se intensificado, com ambos os lados convocando manifestações e mobilizações.

Edmundo González, ao anunciar sua intenção de retornar à Venezuela, convocou os venezuelanos a se unirem na luta por um mandato legítimo em 2025. Enquanto isso, o presidente Maduro conta com o apoio dos chavistas, que também têm convocado protestos em defesa da posse presidencial.

Além disso, as relações entre a Venezuela e o Brasil estão estremecidas, com a recusa do governo brasileiro em reconhecer a vitória de Maduro sem a apresentação das atas eleitorais. A situação se agravou recentemente com acusações de que o Itamaraty teria barrado a entrada da Venezuela no Brics.

Enquanto a comunidade internacional e diversos países contestam a legitimidade das eleições venezuelanas, a justiça do país tem liberado gradualmente os detidos nas manifestações que ocorreram após o pleito. O governo, por sua vez, defende a validade das eleições, ratificadas pelas instituições venezuelanas, e pede que a oposição respeite a decisão dos tribunais e que os governos estrangeiros não interfiram nos assuntos internos do país.

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