Em comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira (29), o governo Maduro criticou duramente os países que não reconheceram a vitória, classificando suas posições como “atentados contra a soberania nacional” e denunciando “pronunciamentos intervencionistas”. O governo assegurou que tomará todas as ações legais e políticas necessárias para defender o direito à autodeterminação, afirmando que tais países, subordinados aos interesses de Washington, tentam reviver o fracassado Grupo de Lima para deslegitimar o resultado eleitoral.
O comunicado da República Bolivariana da Venezuela foi categórico ao rejeitar as declarações de um “grupo de governos de direita” e anunciou que enfrentará qualquer ação que comprometa a paz no país. Nicolás Maduro, cuja vitória é contestada não só internacionalmente, mas também pelo seu opositor Edmundo González, foi proclamado presidente para um novo mandato que se estenderá de 2025 a 2030.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em nota oficial, informou que aguarda a publicação detalhada das atas de votação pelo CNE, destacando a necessidade de transparência, credibilidade e legitimidade no resultado do pleito. A demanda por transparência no processo eleitoral também foi ecoada pelos Estados Unidos e pela União Europeia, enquanto Rússia e China felicitaram Nicolás Maduro pela reeleição.
No âmbito interno, a situação se agravou com manifestações em várias cidades. Conforme relatado pela Agência Reuters, cidadãos venezuelanos tomaram as ruas em protesto contra a reeleição de Maduro, respondendo aos apelos da oposição e da comunidade internacional para a divulgação completa das contagens de votos. Em várias localidades, as forças de segurança dispersaram os manifestantes, aumentando a tensão no país.
Esses desenvolvimentos indicam um crescente isolamento diplomático para o governo de Maduro, enquanto opositores internos e internacionais pressionam por maior transparência e acreditação dos resultados eleitorais. A Venezuela, já imersa em uma crise econômica e política, enfrenta agora um novo período de desafios e incertezas quanto à estabilidade interna e suas relações exteriores.