Durante a reunião, que ocorreu em meio à 80ª Assembleia Geral da ONU, os dois líderes trocaram impressões de forma amistosa, apesar do contexto diplomático tenso entre Brasil e Estados Unidos. Segundo informações divulgadas, a proposta para a conversa foi feita por Trump, evidenciando o interesse do presidente americano em manter um diálogo com seu colega brasileiro. Assessores de ambos os presidentes agora trabalham na organização desse encontro, que pode ocorrer de forma presencial ou por meio de uma videoconferência.
Trump não hesitou em compartilhar a proposta em seu discurso na Assembleia Geral, reforçando a boa relação que ambos estabeleceram, mesmo que brevemente, durante o encontro. Ele se referiu a Lula como um “homem muito agradável” e expressou a importância de fazer negócios com pessoas de quem se gosta. O presidente americano destacou o que chamou de “química” que sentiram durante os 20 segundos em que estiveram juntos, insinuando que a colaboração entre Brasil e Estados Unidos poderia trazer benefícios para ambos os países.
Contudo, essa conversa surge em um momento delicado nas relações bilaterais. Desde julho, o governo americano tem adotado uma postura agressiva em relação ao comércio brasileiro, impondo tarifas e sanções que complicaram a relação diplomática. Lula, por sua vez, aproveitou seu discurso na Assembleia para criticar de forma veemente as “sanções arbitrárias e unilaterais” adotadas pelos EUA, defendendo um multilateralismo mais forte e condenando a desordem internacional que, segundo ele, está em ascensão.
Enquanto a proposta de um encontro se concretiza, as palavras de Lula e Trump indicam que, por mais que a cordialidade seja uma esperança, as relações entre os dois países continuam fragilizadas e necessitam de um diálogo honesto e produtivo para buscar soluções que beneficiem ambas as nações.
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