Em seu pronunciamento, Trump ressaltou que as tarifas impostas aos produtos brasileiros são uma medida de proteção à soberania e segurança nacional, argumentando que seu governo busca corrigir situações em que outros administradores do passado não se opuseram a vantagens indevidas concedidas a outros países, inclusive o Brasil. Ele recordou um breve diálogo que teve com Lula, onde, em apenas 20 segundos, conseguiram estabelecer um entendimento mútua sobre a relevância de um encontro futuro.
O presidente americano expressou, ainda, sua insatisfação com as tarifas brasileiras, que considera “injustas”, o que o levou a retaliar com tarifas de 50% sobre certos produtos brasileiros. Para Trump, essa postura é uma defesa dos interesses dos cidadãos americanos e uma necessidade de restabelecer um equilíbrio nas relações comerciais entre os dois países.
Trump avisa que, caso o Brasil não diminua suas tarifas e busque colaborar mais com os Estados Unidos, poderá enfrentar dificuldades semelhantes às de outras nações que não se alinharem aos interesses americanos. Ele acredita que a cooperação entre os dois países seria benéfica, ou seja, “sem a gente, eles vão falhar como outros falharam”, indicando sua visão de que a parceria pode garantir prosperidade mútua.
Desde julho, a administração Trump tem intensificado a aplicação de tarifas às importações brasileiras, citando um suposto superávit de 400 bilhões de dólares que os Estados Unidos acumulam com o Brasil nos últimos 15 anos, o que, segundo Trump, não justificaria a resposta protecionista por parte do Brasil. Em resposta a essas alegações, o presidente do Supremo Tribunal Federal brasileiro, Luís Roberto Barroso, negou que ocorra censura no Brasil e reafirmou a proteção à liberdade de expressão, defendendo que as decisões da Corte não visam perseguir ninguém, mas sim garantir direitos fundamentais.