A conversa, que ocorreu por videoconferência e durou cerca de 30 minutos, abordou diversos temas, com especial ênfase na economia e nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Durante o diálogo, Lula destacou a importância do reestabelecimento de laços amistosos entre as duas maiores democracias do Ocidente, lembrando que esse tipo de parceria é fundamental para ambas as nações.
Lula aproveitou a oportunidade para solicitar a remoção da sobretaxa de 50% que o governo norte-americano impõe sobre produtos brasileiros. Ele apontou que o Brasil é um dos poucos países do G20 com os quais os EUA mantêm um superávit na balança comercial, destacando assim a relevância do comércio bilateral. A conversa amistosa permitiu que ambos os presidentes reafirmassem a sintonia que já havia sido percebida durante a Assembleia Geral da ONU, momento que ambos ressaltaram como positivo.
A conversa foi iniciativa de Trump, que, além de discutir as questões econômicas, trocou números de telefone com Lula para facilitar a comunicação direta. Como um dos resultados dessa interação, ficou acordado que o secretário de Estado, Marco Rubio, dará continuidade às negociações com autoridades brasileiras, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Além das questões comerciais, os presidentes combinaram um encontro pessoal em breve. Lula sugeriu que tal reunião aconteça durante a Cúpula da ASEAN, a ser realizada na Malásia. Ademais, ele estendeu um convite a Trump para participar da COP30, agendada para novembro em Belém, e manifestou sua disposição de visitar os Estados Unidos em um futuro próximo. Essa conversa marca um passo significativo na construção de um relacionamento mais estreito entre as duas nações.