De acordo com os termos anunciados, a Indonésia concordou em abrir seu mercado para uma ampla gama de produtos industriais, tecnológicos e agrícolas dos EUA, eliminando 99% das barreiras tarifárias. Uma das mais impactantes novidades é que os produtos fabricados na América poderão ser vendidos para a Indonésia sem a imposição de tarifas, enquanto os produtos indonésios que chegarem a solo americano estarão sujeitos a uma tarifa de 19%.
Trump declarou que a parceria não apenas fortalecerá a relação comercial bilateral, mas também trará benefícios diretos para diversos setores da economia americana, incluindo fabricantes de automóveis, empresas de tecnologia, trabalhadores, agricultores e pecuaristas. Ele ainda mencionou que a Indonésia se comprometerá a fornecer “minerais críticos” e assinará grandes contratos nos próximos meses, que incluem a compra de aeronaves da Boeing e produtos agrícolas dos EUA, além de energia.
Entretanto, a relação entre Trump e o BRICS tem suas tensões. Na última sexta-feira, o presidente fez declarações provocativas, ameaçando impor tarifas contra os países do bloco ou qualquer nação que se alinhados a políticas que, segundo ele, se opõem aos interesses americanos. Trump sugeriu que o BRICS estaria engajado em uma estratégia para desestabilizar a posição dos Estados Unidos e do dólar no cenário global. No entanto, os líderes do BRICS têm defendido que o grupo tem como objetivo promover o multilateralismo e o desenvolvimento econômico compartilhado, rechaçando as afirmações de Trump.
Essa nova fase nas negociações comerciais não só marca um momento crucial nas relações bilaterais entre EUA e Indonésia, mas também ressalta as complexas interações dentro do cenário internacional, especialmente em um contexto em que o protecionismo volta a ressurgir como tema de discussão. Com os próximos passos ainda incertos, a comunidade internacional observa atentamente como esse acordo irá se desenrolar e quais serão suas implicações para as relações comerciais e geopolíticas globais.