O Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de uma crescente lista de parceiros, promove um modelo de comércio global que, segundo sua declaração de líderes, defende um sistema multilateral aberto e justo. No comunicado emitido no último domingo, o grupo enfatizou a importância de um comércio baseado em regras que priorize a transparência e a equidade, posicionando a Organização Mundial do Comércio (OMC) como um pilar central desse sistema. A declaração criticou as práticas protecionistas que têm ameaçado o comércio internacional, reafirmando a necessidade de um ambiente econômico mais cooperativo.
Trump, que iniciou seu mandato em janeiro deste ano, já havia implementado aumentos de tarifas sobre produtos importados logo em seus primeiros dias no cargo. Essa postura não apenas levantou questões sobre políticas comerciais dos EUA, mas também provocou reações contundentes de diversos países afetados. Ao expor sua estratégia em relação ao Brics, o presidente americano se mostra determinado a manter uma linha de confronto com países que considera como adversários em termos econômicos.
Além dos cinco países fundadores, o Brics agora inclui Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes, Indonésia, Egito e Etiópia. Uma rede de parcerias e colaborações está se expandindo, incluindo mais dez nações, como Bielorrússia, Bolívia e Malásia, potencializando o impacto do bloco no cenário econômico global e trazendo novos desafios para os Estados Unidos em sua busca por influência no comércio internacional. A guerra comercial parece estar longe de um desfecho, e o posicionamento de Trump pode intensificar as medidas de retaliação entre as principais economias do mundo.