INTERNACIONAL – Terremoto de 8,8 na Rússia provoca alerta de tsunami e erupção vulcânica em Kamchatka; ondas chegam a 5 metros em ilhas do Pacífico.

Na manhã de quarta-feira, 30 de agosto, um poderoso terremoto de magnitude 8,8 na escala Richter atingiu a costa de Kamchatka, no extremo Leste da Rússia, desencadeando alertas de tsunami em regiões tão distantes quanto a Polinésia Francesa e o Chile. O sismo, que ocorreu a uma profundidade superficial de apenas 19,3 quilômetros, danificou edifícios e deixou várias pessoas feridas na remota área da Rússia. A cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, com cerca de 165 mil habitantes, sentiu o impacto do tremor, que, segundo um jovem local, durou cerca de três minutos, fazendo com que as paredes parecia que poderiam desabar a qualquer momento.

Logo após o terremoto, as autoridades do Japão – que anteriormente havia sido devastado por um terremoto de magnitude 9 e um tsunami em 2011 – e do Havaí, emitiram ordens de retirada, prevendo possíveis consequências e buscando garantir a segurança da população. Com o passar das horas, no entanto, a maioria dos alertas de tsunami foi reavaliada e rebaixada nessas regiões, embora a Polinésia Francesa tenha continuado a emitir recomendações para que moradores das Ilhas Marquesas buscassem terrenos mais elevados, já que ondas de até 2,5 metros eram esperadas.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, anunciou que não houve registros de mortes em decorrência do tremor, destacando a qualidade das construções locais e a eficácia dos sistemas de alerta. Contudo, em Severo-Kurilsk, na parte norte das Ilhas Kuril, as ondas de tsunami atingiram alturas alarmantes, com a maior medindo impressionantes 5 metros. O prefeito da cidade, Alexander Ovsyannikov, alertou os moradores a avaliaren os danos em suas residências e a evitar o uso de fogões a gás até que as inspeções de segurança fossem realizadas.

Além do tremor, a situação na península de Kamchatka se complicou com a erupção do vulcão Klyuchevskoy, considerado o mais ativo da região. De acordo com o Serviço Geofísico Unido da Academia Russa de Ciências, lavas quentes estavam descendo pela encosta do vulcão, acompanhado de explosões e um brilho intenso acima dele.

As consequências do terremoto se estenderam a outras partes do Pacífico, com o Havaí registrando ondas de até 1,7 metro e o Japão conseguindo conter ondas maiores do que 1,3 metro. Por fim, o impacto do evento sísmico foi sentido até na costa da Califórnia e na província canadense da Colúmbia Britânica, onde ondas menores foram observadas. O aeroporto de Honolulu já havia retomado suas atividades no final da noite, aliviando a preocupação com os voos. A natureza, mais uma vez, se mostrou poderosa e imprevisível.

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