Tensão em Gaza: Aumento das Operações Israelenses e Impacto na População Local
Nesta quinta-feira, 18 de outubro, a situação na Cidade de Gaza se intensificou, com tanques israelenses sendo avistados em duas áreas estratégicas que servem como portas de entrada para o centro da cidade. Moradores relataram que a internet e os serviços telefônicos foram cortados em todo o território, uma medida que levanta preocupações sobre uma possível escalada nas operações militares israelenses.
Atualmente, as forças israelenses têm controle sobre os subúrbios a leste da Cidade de Gaza, onde recentemente realizaram ataques em áreas como Sheikh Radwan e Tel Al-Hawa. A partir dessas posições, há indícios de que o exército esteja se preparando para um avanço em direção às partes central e oeste da cidade, regiões que abrigam a maior parte da população.
Ismail, um morador da área, expressou sua apreensão sobre a desconexão dos serviços de comunicação: “É um mau presságio. Sempre foi um sinal de que algo muito brutal está para acontecer.” Ele mencionou que estava utilizando um e-SIM para se conectar à internet, uma técnica arriscada que exige encontrar um lugar elevado para capturar sinal.
A situação na cidade é alarmante, com muitas pessoas vivendo em barracas ou em casas danificadas, temendo por suas vidas. Segundo relatos de autoridades de saúde locais, pelo menos 14 palestinos perderam suas vidas em ataques israelenses nesta quinta-feira, com nove mortos na Cidade de Gaza.
A Empresa Palestina de Telecomunicações confirmou que seus serviços foram prejudicados em virtude dos contínuos ataques que afetam as principais rotas de rede, somando-se ao caos da situação vigente. Em comunicado à imprensa, as Forças Armadas israelenses afirmaram que estão ampliando suas operações e desmantelando o que qualificaram de “infraestrutura terrorista”, embora não tenham feito menção ao apagão das telecomunicações.
Além disso, os combates se estendem para outras áreas, como Khan Younis e Rafah, no sul da faixa. Desde que Israel anunciou seus planos de controle em 10 de agosto, centenas de milhares de palestinos fugiram da cidade, mas muitos ainda permanecem nas ruínas de suas casas ou em acampamentos improvisados, enfrentando condições precárias.
O exército israelense tem distribuído panfletos incentivando os moradores a se deslocarem para uma “zona humanitária” no sul, no entanto, as condições nessas áreas são igualmente desoladoras, com grave escassez de alimentos, medicamentos e abrigo adequado. Enquanto Israel busca neutralizar o Hamas e localizar reféns, a escalada do conflito suscita crescente condenação internacional e apelos por soluções pacíficas para a crise humanitária em Gaza.
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