INTERNACIONAL – Supremo Tribunal Federal Condena Diego Dias Ventura a 14 Anos por Envolvimento em Atos Golpistas do 8 de Janeiro de 2023

Na última sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou seu voto pela condenação de Diego Dias Ventura a uma pena de 14 anos de reclusão. Esta decisão se deu em decorrência da participação de Ventura nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, um episódio marcado por invasões e depredações emblemáticas em Brasília.

O voto de Moraes foi divulgado durante a análise virtual da denúncia elaborada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Diego Ventura é apontado como um dos líderes do acampamento golpista que se estabeleceu em frente ao Quartel do Exército, em Brasília. Segundo o ministro, Ventura teve um papel ativo na coordenação logística do acampamento e esteve diretamente envolvido nos atos de vandalismo que tiveram lugar na Praça dos Três Poderes.

Além de cumprir a pena de prisão, Moraes também sugeriu que o réu seja responsabilizado financeiramente pelos danos causados, estipulando um valor de R$ 30 milhões. Este montante deverá ser dividido entre todos os condenados pelas invasões, refletindo uma tentativa da Justiça de responsabilizar os envolvidos de forma ampla.

Durante sua argumentação, o ministro destacou que a investigação revelou o envolvimento de Ventura em atividades organizadas pelo acampamento, e que mensagens e áudios trocados em grupos de WhatsApp evidenciam sua atuação na arrecadação de recursos e na articulação de ações entre os participantes dos protestos. Tal revelação agrega um peso significativo às evidências apresentadas contra ele.

Vale mencionar que, em 2023, Diego Dias Ventura foi preso, porém obteve o direito de responder ao processo em liberdade. O julgamento no STF ainda está em andamento, com a votação no plenário virtual da Primeira Turma se encerrando na próxima segunda-feira, 30. Até o momento, aguardam-se os votos dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.

Por outro lado, a defesa de Ventura argumentou pela sua absolvição, alegando insuficiência de provas. Os advogados sustentam que seu cliente apenas participou de uma manifestação pacífica e não teve associação com os atos violentos perpetrados por outros indivíduos. Este desdobramento adiciona mais um capítulo ao complexo cenário jurídico que envolve os eventos de 8 de janeiro, marcando uma articulação tensa entre justiça e mobilização política.

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