INTERNACIONAL – Sequestro em escola católica na Nigéria resulta em mais de 300 crianças e funcionários levados, intensificando crise de segurança no país.

Na última semana, um trágico sequestro em massa ocorreu em uma escola católica no Estado de Níger, na Nigéria, onde cerca de 315 crianças e funcionários foram capturados. Este incidente, considerado um dos mais graves do tipo registrado no país, gerou uma onda de consternação e indignação.

A Associação Cristã da Nigéria (CAN) atualizou a contagem oficial após um exercício de verificações, confirmando que esse número inclui 303 alunos e 12 professores. Entre os sequestrados, 88 alunos foram capturados enquanto tentavam fugir do ataque. A situação é alarmante, especialmente quando se considera que, se confirmado, o número atual de sequestrados eclipsa o sequestro de 276 meninas por militantes do Boko Haram em Chibok, em 2014.

O evento veio à tona em um contexto de crescente violência praticada por grupos armados e insurgentes islâmicos em várias regiões do país, levando a uma maior atenção internacional, especialmente após recentes declarações do governo dos Estados Unidos sobre a necessidade de ações mais eficazes em defesa das comunidades cristãs na Nigéria.

Relatos indicam que a escola havia recebido uma ordem de fechamento de internatos devido a informações sobre uma provável escalada na atividade criminal na área. Contudo, o reverendo Bulus Dauwa Yohanna, líder da CAN no Níger, afirmou que não houve aviso claro após sua visita à escola na noite anterior ao ataque.

Como resposta, as autoridades governamentais fecharam quase 50 faculdades federais e algumas escolas públicas em vários estados. A escalada de sequestros em massa na Nigéria é preocupante, com este incidente sendo o terceiro em uma única semana. Na segunda-feira, 25 alunas foram sequestradas de um colégio interno em Kebbi, e na quarta-feira, 38 fiéis foram capturados durante um ataque a uma igreja no Estado de Kwara.

Frente a essa grave situação, uma autoridade de alto escalão do Departamento de Estado dos EUA indicou que ações, como sanções e cooperação militar, estão sendo consideradas para pressionar o governo nigeriano a proporcionar maior proteção às comunidades cristãs e garantir a liberdade religiosa. Contudo, o governo da Nigéria refuta as alegações de perseguição, argumentando que elas não refletem a complexidade da situação de segurança do país.

Sair da versão mobile