A Associação Cristã da Nigéria (CAN) atualizou a contagem oficial após um exercício de verificações, confirmando que esse número inclui 303 alunos e 12 professores. Entre os sequestrados, 88 alunos foram capturados enquanto tentavam fugir do ataque. A situação é alarmante, especialmente quando se considera que, se confirmado, o número atual de sequestrados eclipsa o sequestro de 276 meninas por militantes do Boko Haram em Chibok, em 2014.
O evento veio à tona em um contexto de crescente violência praticada por grupos armados e insurgentes islâmicos em várias regiões do país, levando a uma maior atenção internacional, especialmente após recentes declarações do governo dos Estados Unidos sobre a necessidade de ações mais eficazes em defesa das comunidades cristãs na Nigéria.
Relatos indicam que a escola havia recebido uma ordem de fechamento de internatos devido a informações sobre uma provável escalada na atividade criminal na área. Contudo, o reverendo Bulus Dauwa Yohanna, líder da CAN no Níger, afirmou que não houve aviso claro após sua visita à escola na noite anterior ao ataque.
Como resposta, as autoridades governamentais fecharam quase 50 faculdades federais e algumas escolas públicas em vários estados. A escalada de sequestros em massa na Nigéria é preocupante, com este incidente sendo o terceiro em uma única semana. Na segunda-feira, 25 alunas foram sequestradas de um colégio interno em Kebbi, e na quarta-feira, 38 fiéis foram capturados durante um ataque a uma igreja no Estado de Kwara.
Frente a essa grave situação, uma autoridade de alto escalão do Departamento de Estado dos EUA indicou que ações, como sanções e cooperação militar, estão sendo consideradas para pressionar o governo nigeriano a proporcionar maior proteção às comunidades cristãs e garantir a liberdade religiosa. Contudo, o governo da Nigéria refuta as alegações de perseguição, argumentando que elas não refletem a complexidade da situação de segurança do país.









