Os resultados das eleições foram uma surpresa para muitos, já que Noboa, com 44,31% dos votos, e Luisa, com 43.83%, seguem para a segunda etapa da disputa. Levantamentos indicavam uma vitória mais folgada para Noboa, mas as urnas revelaram uma disputa acirrada. Leonidas Iza, candidato da coalização indígena, garantiu o terceiro lugar com 5,26% dos votos.
Com a confirmação do segundo turno em 13 de abril, a população equatoriana terá a oportunidade de decidir quem será o próximo presidente do país para o período de 2025 a 2029. Noboa foi eleito para um mandato tampão de 15 meses após a dissolução do parlamento pelo então presidente Guilherme Lasso.
A participação nas urnas foi expressiva, atingindo 82% de comparecimento, já que o voto é obrigatório no Equador. Além da eleição presidencial, os equatorianos votaram também para as 151 cadeiras da Assembleia Nacional. O partido ADN, do presidente Noboa, obteve 43,52% dos votos, enquanto o Revolução Cidadã, da candidata Luisa, ficou com 41,15%.
O clima eleitoral relatado acentua a tensão entre os candidatos. Após o resultado das eleições, Luisa González acusou Noboa de violar a lei eleitoral ao realizar campanha enquanto ocupava o cargo, o que gerou debates sobre a legalidade do processo.
Além disso, o Equador enfrenta altos índices de violência, com um aumento de 588% nos homicídios nos últimos cinco anos. O país registrou 38 homicídios a cada 100 mil habitantes em 2024, tornando-se um dos mais violentos da América Latina. A situação levou o presidente Noboa a declarar o Equador em conflito armado interno, intensificando a atuação das forças militares na segurança pública.
Diante desse contexto, a população equatoriana tem o desafio de escolher um novo líder para lidar com questões urgentes e complexas, que vão além do campo eleitoral e impactam diretamente a vida dos cidadãos do país. O desfecho deste segundo turno será decisivo para o futuro do Equador e para a busca por soluções eficazes diante dos desafios enfrentados.