A declaração de Rubio veio após Ebrahim Rasool participar de um evento online no qual criticou a administração Trump. Rasool acusou o presidente norte-americano de adotar discursos próprios do supremacismo branco e de criar uma narrativa que coloca os brancos como vítimas nos Estados Unidos.
Em resposta à decisão dos EUA, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, classificou a medida como “lamentável” e afirmou que continuará trabalhando por uma boa relação entre os dois países. Ele ressaltou a importância de manter o decoro diplomático no envolvimento com o assunto e reiterou o compromisso da África do Sul em construir um relacionamento mutuamente benéfico com os Estados Unidos.
Os laços entre os Estados Unidos e a África do Sul já vinham se deteriorando desde que Trump cortou a ajuda financeira ao país, citando desaprovação em relação à política fundiária sul-africana. O presidente norte-americano também se pronunciou sobre a questão das terras na África do Sul, alegando sem provas que o país estava confiscando terras e tratando certas classes de pessoas de forma injusta.
A situação se agravou quando a África do Sul apresentou uma denúncia de genocídio contra Israel na Corte Internacional de Justiça, o que gerou descontentamento no governo norte-americano. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, sancionou um projeto de lei para permitir a expropriação de terras pelo Estado, em alguns casos sem compensar o proprietário, visando corrigir as disparidades raciais na propriedade de terras no país, que ainda são majoritariamente controladas pela minoria branca.
Diante desse cenário, a decisão de Marco Rubio de declarar Ebrahim Rasool como persona non grata reflete as tensões existentes entre os Estados Unidos e a África do Sul, especialmente em relação às questões de terra e raça que envolvem os dois países.