Os bombardeios visaram principalmente uma prisão na cidade de Zaporizhzhia, além de áreas residenciais e um hospital na região de Dnipropetrovs. O ataque à penitenciária deixou 16 mortos e 35 feridos, conforme informado por Andriï Iermak, chefe da administração presidencial ucraniana, que não hesitou em classificar o ocorrido como mais um “crime de guerra” perpetrado por tropas russas. Iermak também fez um apelo por novas sanções contra a Rússia, enfatizando a necessidade de medidas econômicas e militares que possam restringir a capacidade de Moscou de prosseguir com a guerra.
Iermak destacou que as ameaças emitidas pelo regime de Putin, supostamente direcionadas aos Estados Unidos, devem ser recebidas com uma resposta firme e contundente. “Este é outro crime de guerra que os russos cometem, e eles não vão parar se não forem contidos”, afirmou Iermak em suas declarações.
O governador da região, Ivan Fedorov, relatou que as instalações da prisão foram severamente danificadas e que os ataques também causaram estragos em residências nas imediações. Desde o início da invasão, a região de Zaporizhzhia tem sido alvo constante de forças russas. Embora a Rússia tenha declarado a anexação de partes desta área, o governo ucraniano e seus aliados ocidentais denunciam esta ação como ilegítima.
Em Dnipropetrovsk, outros três bombardeios deixaram pelo menos mais quatro mortos e oito feridos, segundo Sergiï Lysak, chefe da administração regional. Os ataques incluíram o uso de drones explosivos e miraram comunidades como Mezhyivska, Dubovykivska, e Slovianska.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou que os ataques resultaram em ao menos 22 mortes, tornando este um dos episódios mais mortais em meses. Ele denunciou o ataque a um hospital em Kamianske, que resultou na morte de uma mulher grávida de 23 anos, e afirmou que o bombardeio na prisão foi “deliberado”.
Zelensky enfatizou que cada ataque russo, especialmente quando havia oportunidades para um cessar-fogo, indica que Moscou deve enfrentar medidas de sanções mais severas, justas e eficazes. “Os russos precisam ser forçados a parar com os assassinatos e buscar a paz”, declarou. Horas antes dos bombardeios, Zelensky expressou otimismo sobre a pressão do presidente norte-americano e agradeceu por declarações que, segundo ele, podem ter chegado em um momento crucial para a paz no conflito.
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