Testemunhas relataram explosões retumbantes que sacudiram Kiev, enquanto chamas e fumaça densa iluminavam o céu durante as horas iniciais do dia. De acordo com autoridades municipais, sete dos dez distritos da capital foram alvo dos ataques, resultando em pelo menos quatro pessoas atendidas em hospitais da região. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, qualificou a ação como um dos maiores ataques que a cidade já enfrentou e expressou preocupação sobre como os bombardeios russos estão ofuscando os esforços internacionais em busca de um cessar-fogo.
Zelensky fez um apelo aos aliados da Ucrânia, solicitando ações concretas para pressionar a Rússia em direção à paz. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, reiterou a urgência de novas sanções contra Moscou, além da necessidade de sistemas de defesa aérea que possam proteger a população civil.
Em meio a tentativas de diálogo, com duas rodadas de negociações bilaterais realizadas recentemente, o único progresso visível foi um acordo para a troca de prisioneiros de guerra. No entanto, os avanços militares russos na frente leste têm criado um panorama sombrio, com ambos os lados se acusando mutuamente pela falta de um acordo definitivo para o fim do conflito, que se arrasta desde a invasão russa em fevereiro de 2022.
Diante do aumento das hostilidades, a Rússia também tomou medidas preventivas, suspendendo temporariamente voos em diversos aeroportos, incluindo Moscou e São Petersburgo, após relatórios indicando um suposto aumento na atividade de drones ucranianos em seu território. As operações foram, no entanto, restabelecidas logo depois.
A Força Aérea da Ucrânia divulgou que, durante essa onda de ataques, a Rússia disparou 315 drones, dos quais 277 foram interceptados. Apesar do clima de tensão e incerteza, as forças ucranianas se mantêm firmes, refletindo a resiliência de uma nação sob pressão constante.