INTERNACIONAL – Relatório da ONU aponta genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza, detalhando atos que visam a destruição do povo palestino.

Um recente relatório independente, encomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU), chegou a uma conclusão alarmante: Israel teria cometido genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza. O documento, divulgado em 16 de outubro, fundamenta-se nas definições da Convenção de Genocídio de 1948 e identifica que Israel praticou quatro dos cinco atos que configuram genocídio.

Entre esses atos, estão destacados o assassinato de palestinos, a imposição de condições de vida que visam a destruição parcial ou total do povo palestino, e ações que causaram sérios danos físicos e mentais à população. Além disso, o relatório menciona esforços para restringir os nascimentos de crianças palestinas.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), em um comunicado à imprensa, apontou que as evidências coletadas pela Comissão Internacional Independente de Inquérito indicam condutas e declarações por parte de autoridades israelenses que revelariam uma intenção genocida clara. A presidente da comissão, Navi Pillay, afirmou que as informações coletadas demonstram uma intenção explícita de exterminar o povo palestino na região.

Pillay também destacou a responsabilidade que recai sobre as mais altas esferas do governo israelense, afirmando que líderes como o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Isaac Herzog incitaram a prática de genocídio, além de não terem tomado medidas para punir tal incitação. A comissão lançou apelos a Israel para que suspenda imediatamente tais práticas e permita a entrada de ajuda humanitária, além de solicitar que a comunidade internacional cesse o fornecimento de armamentos ao país.

A comunidade internacional tem a obrigação legal de agir para deter o genocídio, de acordo com a comissão. Pillay enfatizou que a inação global resulta em perdas irreparáveis e prejudica a credibilidade das instituições internacionais.

O relatório, apesar de sua natureza independente, não representa automaticamente o posicionamento da ONU, que só se manifestará oficialmente após a deliberação de seus Estados-membros. As autoridades israelenses, por sua vez, rejeitaram as alegações do relatório, qualificando-o como tendencioso e acusando os especialistas de serem aliados do Hamas. O presidente Herzog se defendeu, afirmando que suas palavras foram mal interpretadas.

Israel atualmente enfrenta um processo por genocídio na Corte Internacional de Justiça em Haia. Desde o início dos conflitos em Gaza, mais de 64 mil vidas foram perdidas, de acordo com relatórios de autoridades de saúde locais, enquanto críticos internacionais alertam sobre uma crise de fome devastadora na região.

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