Embora o RN tenha sido visto conquistando a maioria dos assentos na Assembleia Nacional, a formação de um governo dependerá das negociações que ocorrerão antes do segundo turno no próximo domingo. A incerteza quanto à capacidade de o RN, um partido anti-imigração e eurocético, formar um governo em coabitação com Macron permanece.
Os institutos de pesquisa indicaram que o RN poderia conquistar uma maioria absoluta de 289 assentos no segundo turno. No entanto, especialistas alertam que as projeções após o primeiro turno podem ser imprecisas, especialmente nesta eleição.
A alta participação dos eleitores nesta eleição em comparação com pleitos anteriores reflete o interesse político despertado por Macron ao convocar a votação parlamentar após a derrota de seu partido nas eleições para o Parlamento Europeu. Macron pediu aos eleitores que se unissem em torno de candidatos republicanos e democráticos, excluindo assim representantes do RN e do partido de extrema-esquerda França Insubmissa.
A semana que antecede o segundo turno será marcada por intensas negociações políticas para unir forças em cada um dos 577 distritos eleitorais da França. A incerteza política gerada pela convocação das eleições antecipadas por Macron resultou em ondas de choque na Europa e na venda de ativos franceses nos mercados financeiros.
O RN, historicamente um paria político, agora se encontra mais próximo do poder do que nunca, devido ao descontentamento dos eleitores com o governo de Macron, custo de vida elevado e preocupações crescentes com a imigração. A participação eleitoral, que atingiu quase 60%, foi uma das mais altas desde 1986, refletindo a importância e o impacto das eleições parlamentares na França.