Essas acusações estão baseadas em uma investigação liderada pelo promotor, que revelou que Israel deliberadamente privou a população civil em todas as partes de Gaza de objetos essenciais à sobrevivência humana. Esse cerco total ao enclave palestino incluiu o fechamento de pontos de passagem e restrições à entrada de alimentos, medicamentos, água e eletricidade.
O promotor destacou que essas ações foram parte de um plano conjunto para utilizar a fome como ato de guerra, com o objetivo de punir coletivamente a população civil de Gaza. Essas acusações não são isoladas, já que Khan também mencionou outros crimes de guerra cometidos por Netanyahu e Gallant, como ataques contra civis, obstrução da ajuda humanitária e assassinatos de trabalhadores humanitários.
Além disso, o Hamas também foi alvo das acusações do TPI, especialmente sobre os eventos ocorridos após o ataque do grupo em Israel no dia 7 de outubro de 2023. O promotor alegou que os reféns retirados de Israel foram mantidos em condições desumanas, com relatos de violência sexual. Essas denúncias foram respaldadas por especialistas em direito humanitário internacional e penal.
A resposta de Israel foi imediata, considerando as acusações de Khan como ultrajantes e atacando diretamente a decisão do TPI. O ministro das Relações Exteriores, Israel Kartz, classificou a situação como uma desgraça histórica e prometeu criar um centro de comando para lutar contra a decisão do tribunal internacional.
Por fim, o promotor do TPI reforçou a importância de aplicar a lei de forma equitativa e igual para todos, garantindo que a justiça seja feita e que os direitos humanos sejam protegidos independente do contexto político. A questão agora é aguardar a análise dos juízes do TPI e acompanhar o desenrolar desse caso controverso.