Em meio a um cenário de desigualdades crescentes, mudanças climáticas e déficit de financiamento para o desenvolvimento sustentável, os líderes assinaram o artigo ressaltando a urgência de ações coordenadas e corajosas. Eles destacaram que 2025 será um ano decisivo para o multilateralismo, com a realização de importantes encontros em países como Espanha, Brasil e África do Sul.
A cooperação multilateral foi enfatizada como uma alternativa indispensável para abordar os desafios atuais, em contraponto ao isolamento, a ações unilaterais ou a rupturas. O presidente Lula, que tem sido um crítico do enfraquecimento dos organismos multilaterais, defendeu a necessidade de uma reforma no sistema de governança global para enfrentar os problemas interconectados que permeiam a agenda internacional.
Os líderes também alertaram sobre o alto endividamento dos países em desenvolvimento e o aumento das desigualdades de renda, enfatizando a importância de uma arquitetura financeira global mais justa e representativa para os países do Sul Global.
Com foco na conferência climática COP30, em Belém, a expectativa é que os países apresentem compromissos mais ambiciosos para limitar o aumento da temperatura da Terra e estabeleçam o financiamento da ação climática aos países em desenvolvimento. Além disso, a conferência de Sevilha buscará complementar esses esforços, assegurando que o financiamento climático não prejudique o desenvolvimento.
Os presidentes se comprometeram a trabalhar em conjunto para mobilizar recursos para o desenvolvimento sustentável e garantir a estabilidade financeira para promover a ação climática. A perspectiva dessas reuniões de alto nível é de que elas contribuam efetivamente para enfrentar os desafios globais e promover um crescimento econômico inclusivo e sustentável.