INTERNACIONAL – Presidente Lula defende reforma na governança global para evitar guerra mundial e crises econômicas em cúpula do G20.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso enfático durante a segunda sessão da Cúpula de Líderes do G20, ressaltando a importância da modernização das instituições internacionais em um mundo multipolar. Lula alertou que essa modernização é essencial para evitar possíveis cenários de uma nova guerra mundial ou de uma crise econômica em escala global. Segundo o presidente, a crise do multilateralismo deve ser combatida com mais multilateralismo, sem a necessidade de aguardar por eventos catastróficos para promover as mudanças necessárias na ordem internacional.

Ele pontuou que a ordem vigente e o neoliberalismo adotados após o fim da Segunda Guerra Mundial falharam, defendendo assim a reforma das instituições internacionais para dar mais voz aos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. A governança global foi um dos temas centrais da presidência brasileira no G20 e Lula ressaltou a importância do grupo, que reúne tanto nações ricas quanto em desenvolvimento, para reformar a ordem internacional.

Um dos pontos de destaque de seu discurso foi a crítica ao poder de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, argumentando que isso leva à inação diante de conflitos e guerras. Lula mencionou exemplos de intervenções estrangeiras desastrosas que não tiveram sucesso em resolver conflitos, como no Afeganistão e na Líbia, além de mencionar a omissão em países pobres esquecidos.

Em sua fala, o presidente brasileiro pediu por uma maior representatividade dos países emergentes e em desenvolvimento nas discussões internacionais, destacando a importância da pluralidade de vozes para o equilíbrio mundial em um futuro multipolar. Para Lula, a aceitação dessa realidade é fundamental para pavimentar o caminho rumo à paz e estabilidade global.

Em suma, as declarações de Lula na Cúpula de Líderes do G20 reforçam a necessidade urgente de reformas nas instituições e na governança global para evitar crises e conflitos que possam ameaçar a paz e segurança internacionais.

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