INTERNACIONAL – “Presidente Lula critica membros do Conselho de Segurança da ONU por fomentar guerras e defende mudanças na governança global”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita ao Cairo, capital do Egito, aproveitou a oportunidade para voltar a defender mudanças na governança global, durante uma declaração à imprensa ao lado do presidente do país, Abdel Fattah Al-Sisi. Lula afirmou que os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) devem ser atores pacifistas e não promotores de guerras.

Desde que assumiu o mandato, no ano passado, Lula vem defendendo que o modelo atual de governança, criado depois da Segunda Guerra Mundial, não representa mais a geopolítica do século 21. Para o presidente, é necessário uma representação adequada de países emergentes, como da África e América Latina, em órgãos como o Conselho de Segurança da ONU.

O Conselho de Segurança da ONU é composto apenas pelos Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido – países que têm o poder de vetar decisões da maioria. Além disso, outros países participam como membros rotativos, mas sem poder de veto.

Durante a declaração à imprensa, Lula afirmou: “É preciso que tenha uma nova geopolítica na ONU. É preciso acabar com o direito de veto dos países. E é preciso que os membros do Conselho de Segurança sejam atores pacifistas e não atores que fomentam a guerra. As últimas guerras que tivemos, a invasão ao Iraque não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a invasão à Líbia não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a Rússia não passou pelo Conselho de Segurança para fazer guerra com Ucrânia e o Conselho de Segurança não pode fazer nada na guerra entre Israel e Faixa de Gaza.”

Ele defendeu que é crucial que as decisões de guerra passem pelo Conselho de Segurança da ONU, de forma a garantir uma atuação pacífica e evitar conflitos desnecessários.

A afirmação do ex-presidente ganhou destaque dada à sua relevância política e ao fato de que, mesmo após seu mandato, Lula mantém influência nas discussões políticas e diplomáticas, tanto em nível nacional quanto internacional. A visita ao Cairo e a declaração à imprensa ao lado do presidente Al-Sisi é mais um indicativo desta influência e da importância de suas posições sobre assuntos de relevância global.

Portanto, a declaração do ex-presidente Lula marca mais um capítulo em sua atuação política no cenário internacional, reforçando suas ideias sobre a necessidade de mudanças na governança global, em especial no que diz respeito ao Conselho de Segurança da ONU. O tema certamente continuará sendo debatido e merecerá atenção nos próximos dias.

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